Dossiê Poesia Sul-Mato-Grossense
SELEÇÃO, ORGANIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO RAQUEL NAVEIRA
IMAGENS GRAVURAS DIGITAIS DE HUMBERTO ESPÍNDOLA
FOTOS DIVULGAÇÃO/INTERNET
O lugar
Não há dúvidas de que os olhos estão sobre o Mato Grosso do Sul. Um Estado da região Centro-Oeste, de planaltos, serras escarpadas, rios importantes, como o Paraguai e o Aquidauana. Rico em soja e milho, na pecuária e na mineração. Desmembrado do antigo Mato Grosso, em 1977, tem ambientes naturais potentes, como o Aquífero Guarani e o Pantanal.
A cultura inclui a linguagem, as crenças, os costumes, o folclore, a arte, a culinária e o modo de vida do povo sul-mato-grossense. Uma mistura da antiga presença dos povos indígenas com as várias contribuições das migrações ocorridas nesse território, como a japonesa, a árabe, a portuguesa e a espanhola.
Passar por aqui é provar da chipa, do sobá, do arroz carreteiro. É tomar tereré, mate gelado e licor de pequi. É admirar a exuberância da fauna e da flora pantaneiras, com as onças, jacarés e os voos dos tuiuiús sobre os camalotes e guavirais. Tudo ao som de guarânias, rasqueados e músicas sertanejas.
Nesse vasto leque da cultura, encontra-se a arte da palavra, a poesia, essa milenar atividade humana. A poesia que é uma forma de ver os objetos como se nunca os tivéssemos visto antes, que é conhecimento existencial, intuitivo, autêntico, aspiração de todo ser humano.
As letras
A Academia Sul-Mato-Grossense de Letras (ASL) é uma organização artística com sede em Campo Grande, capital do Estado. Foi fundada no dia 30 de outubro de 1971 pelo advogado e contista Ulysses Serra com o nome de “Academia de Letras e História de Campo Grande”. Na noite solene de 13 de outubro de 1972, data de sua instalação, estiveram presentes convidados de honra como Ivan Lins, da Academia Brasileira de Letras, e Hernâni Donato, da Academia Paulista de Letras.
O poeta Manoel de Barros (1916-2014), torturado artesão da palavra, aquele que nos ensinou que “quando as aves falam com as pedras e as rãs com as águas é de poesia que estão falando”, foi e continua sendo o membro da cadeira número um da nossa Academia. Uma inspiração para todos.
Nos dias 19 e 20 de outubro de 2023, a Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, sob a batuta de seu presidente, Henrique Alberto de Medeiros Filho, organizou e sediou o Congresso Brasileiro das Academias Estaduais de Letras (Brasil Letras 2023), contando com as presenças dos presidentes das Academias de vários Estados e dos acadêmicos Antônio Cícero e Ricardo Cavaliere, da Academia Brasileira de Letras.
A abertura aconteceu no auditório do Bioparque Pantanal, que abriga o maior aquário de água doce do mundo dentro do Parque das Nações Indígenas, e seguiu com reuniões e debates na Academia Sul-Mato-Grossense de Letras.
No dia 20 de outubro, às 14h, participamos da mesa intitulada “Tecnologia e Inteligência Artificial: saltos e quedas da Literatura” com o Professor Ricardo Cavaliere. Esse Congresso foi marcante e reverberou por todo país, fixando metas para o crescimento dessas instituições.
Apresento aqui um recorte, um painel de poetas do Mato Grosso do Sul, formado por membros dos quadros da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, à qual pertenço, representativos de uma geração.
Américo Calheiros
BOI BERRANTE
Do boi tudo se aproveita
menos o berro.
Mentira!
O berrante traz o berro aproveitado.
BOI EM SILÊNCIO
O silêncio do boi
Muge no homem pantaneiro.
HISTÓRIAS NAS CALÇADAS
Noite vestida de lua
beijava ingênuas calçadas.
Em ritual não combinado
família reunida fazia sonhos.
Noite inspirava a província,
gente simples sorria no improviso
dos causos de cada imaginação.
Criança se sustentava no suspense,
atenta aos acordes dos enredos.
Mais velhos teatravam estórias,
o tempo parava na exclamação da mãe,
a hora corria na interjeição do pai.
Tudo era velho com cara nova,
não importava se era só repetição
de estórias contadas no sempre,
cada uma delas tinha sabor de prazer.
Boas eram as de assombração,
o frio escondido na barriga,
o sono, um desafio ao medo.
Quão longe foram as mentes
hoje presas aos controles digitais.
Ana Maria Bernardelli
DOS LABIRINTOS
o arame farpado dividia
a planície
uma quase-prisão
uma quase-euforia
a fenda da montanha
esqueceu o caminho
a fruta ficou no pé
as pegadas, sepultas na poeira
talvez quando um dia
as letras significarem
e a ferrugem
corroer a corrente
a vereda se abra
...
ou galope nas asas
da resistência.
DAS UTOPIAS
não mais o padecimento
nem masmorras, nem calabouços
a tristeza da ignorância
não mais
exílios, cisão, fronteiras
discórdia, fração!
não mais
o partível tronou-se uno
o tirano, benigno
a adversidade, prostrada
a destruição, vencida
o vento trouxe a notícia:
o mundo voltou às origens.
Elizabeth Fonseca
No passado tempo andei
passado tempo amei
Há muito tempo passei
Passei tempo sonhei
Século de tempo chorei
Poeira do passado baixou
Rastro passado marcou
Foto do passado desbotou
Resto passado desfolhou
Do tempo passado nada ficou.
O instante da flor
Os olhos não colhem
o romper da corola,
o desembrulhar da flor.
É hipnose do olhar
na contemplação da rosa
que viceja em olor.
A flor sabe o seu destino
e floresce para o mundo
em vibrações de amor.
Mesmo que dure um dia,
ou que seja por segundos,
sua imagem em nossa retina
é o matiz de o globo olhar
que a alma toda ilumina.
Quando o dia termina,
pousa indelével afago
como fadas no lago
acalmando nossas vidas.
Paz... é esse entrar em flor,
é vestir-se para a festa
em róseo encanto e glamour
ao leve bailar do vento...
Mágico instante da flor!
Emmanuel Marinho
CENÁRIO
Um dia seco, um dia seco e frio que virou noite, o sol gritando de sangue na manhã e na tarde, que também se fez cinzenta – tudo escuro no país -; botas engraxadas no olhar duro das armas e do ódio, o silêncio assustador da caserna e dos uniformes, os lobos fugindo como podem, fumaça no ar pesado de partículas estranhas, resto do que foi vida, verde e belo, pequenos seres sendo queimados na grande fogueira, entre milhares deles, minhocas, formigas, sapos, pássaros, livros e pensamentos, vaga-lumes fugindo assustados com tudo, a dor das águas, das abelhas e das bibliotecas, a flor enforcada pelo fogo, a lua vestida de um laranja triste, o pedaço de uma asa de borboleta perdida entre as cinzas, único resquício das cores, ninguém procurando pelas andorinhas desaparecidas, ninguém, o grito na ponte com as mãos quase tocando a face, a mata em seu último suspiro, o vento cantando a música da loucura, arsenais do medo entre as nuvens, a mentira falada como se fosse viva, a árvore de olhar tão triste na janela - como se fosse uma moça virgem e morta - paisagem sem vida - o ouro, o vinagre, o ogro, o agro e o agora.
CENÁRIO II
a solidão de um poste sem lâmpadas
dói quando a noite se pratica.
CENÁRIO III
depois de molhar
planta por planta do jardim
a dona delas todas
dava de beber a um poste
perplexo na calçada
como um homem sem luz.
VERBOS PARA UM ÚLTIMO POSTE
ouvi de ver que houve um
que de tanta luz
virou árvore.
Fábio do Vale
ESCOLARIZAÇÃO
O domador de palavras não existe.
A escola desaparelha a imbecilidade.
A escola emprestou do catavento
a possibilidade de catar a alienação.
No terreno escolar a vida (re)nasce.
Em matéria de poesia estudar
significa desamarrar os olhos.
Em matéria de poesia aprender
significa chegar depois da decisão.
Sair do casulo está para o mesmo
que finalizar a nossa vida escolar.
A borboleta visa o esperançar,
Aqueles que preferem o casulo
Estão inabilitados para estes versos.
DICIONÁRIO
O significado das coisas tem validade.
Para o ervateiro o pôr-do-sol é abrigo.
Para o pantaneiro, água é cenário-vivo.
Para o ribeirinho, peixe é possibilidade.
Para escrever estes versos, sobriedade.
O significado da poesia é desregrado.
Fio da rede elétrica é poleiro de pardal.
Rabo de pavão é parabólica d’arco-íris.
Estação no aumentativo se chama verão.
Rio tem jeito de verbo e lugar molhado.
A poesia desmantelou a razão disposta.
A poesia mata a sede com a memória.
A poesia desviou a atenção inexistente.
Em matéria de poesia verso é profecia.
Geraldo Ramon Pereira
VOO EM DESASAS AZUIS
(Para o poeta Manoel de Barros – in memoriam)
Com pena de cipó, tinta de amora,
– O mistério do chão como papel –
Rabisco este soneto que ignora
Sábias ignoranças de um Manoel
De Barros... Voo-vivo, num vergel,
O ser-pássaro-azul não foi embora:
Cá ficou, na poesia de bom mel,
Qual caramujo a ejacular memória!
– Ficou teu riso no rumor dos bichos,
Tua voz nos silêncios dos corixos,
A imagem no ruflar das revoadas...
Enfim, ficaste vivo entre imortais,
Porque lograste, em versos sem iguais,
Essências do que é bom do inútil e nadas.
NOSSA VIDA
... Era um ninho e eu fui a avezinha
Que esperava da mãe o alimento...
E dos teus lábios o alimento vinha,
Dos meus lábios ganhavas meu alento.
Vivendo a eternidade dos momentos,
Ansiosamente fui teu, foste minha...
Tinhas dos loucos êxtases que eu tinha,
Tinhas minha alegria ou sofrimento.
Gozando esse amor calmo, na ansiedade,
Nossa vida ascendia em voos lentos,
Era o tempo eternal felicidade...
Mas eis que a eternidade dos momentos
Nos faz do agora a triste eternidade
Do amor perpetuado em sofrimento.
Guimarães Rocha
O SEGREDO DAS ÁGUAS
Donde vêm as águas?
Do laboratório divino
O fluído é condensado em água
Que cai
Sobe
Brota
Despeja
Corre
Alimenta
Multiplica
Substâncias
O dom das águas é fluir
No nascedouro
E mesmo depois de represada
Em outra fase não fugirá
À força do eterno fluir
Até o charco ainda que
Aparentemente imóvel
Elabora em segredo
No calor das essências
A vida luxuriante que depois se expõe
Miraculosamente
No pantanal o mistério
Das águas é sublime ainda mais
Suas temperaturas cambiantes
Acalentam variedades
De animais
Num tanto que desafia
A imponência da matemática
A água é fiel veículo
Não a envenene
Nem mesmo por pensamento
Para que tal ato não se converta
Em consequências desastrosas
Acionando outras águas
Que verterão com amargura
Dos olhos do teu filho.
Henrique de Medeiros
NÃO CABE
tento colocar
dentro de mim
o mundo
minha imaginação
onde tudo cabe
me engana fingindo
que isso é possível
sendo assim
tempo que me passa
talvez não seja
a hora que passo
enquanto mensuro
medidas
pesos
daquilo que
nunca vai ser
eu
BOA VONTADE
um dia pensei
que um dia quem sabe
poderia mudar o mundo
changer le monde
to change the world
mas aprendi que
nunca vou mudar o mundo
mesmo
que você acredite que junto
nós podemos
mas quem sabe
pelo menos
posso tentar mudar
ao menos
uma pessoa
talvez duas ou três
com certa dose de exagero
e muita boa vontade
delas
Humberto Espíndola
MICROTEXTO
Herança das castas indianas...
Somos puros de origem,
Nascemos para procriar
não para alimentar
Pastamos rosas
Como se fora capim...
MICROTEXTO
No sal do cocho,
só o ferro em brasa,
sem alforria alguma
dos seus senhores...
Ileides Muller
GIRASSOL
Dentre as flores,
encanta-me o girassol
rosto alegre
voltado para o sol
não se rende aos abrolhos que o seduz.
Junto a espinhos vivemos neste mundo
ansiando o Sol Maior,
Amor profundo.
Humanos girassóis
buscando a Luz.
RIMA
Amar pode rimar com momento
chorar, com acontecimento
cantar, com brincadeira
despedida, com beijo
caminho, com solidão
chegada, com bem-te-vi.
Viagem pode rimar com passagem,
pedra, fotografia, abraço...
Tanto faz.
Na poesia moderna
a rima usa disfarce.
Lenilde Ramos
a arte
imita a parte
em que o ser
atua por inteiro
com ou sem
roteiro
*
falho
mergulho
debulho
e olho
*
temperamento
precisa de paz
Marcos Estevão
ESCOLHAS
A dúvida é constante
Habita minhas leituras da noite
Faz parte do meu café da manhã
Vai comigo ao parque
Põe-se sobre meus pés
Assim não a piso
Com os meus passos
Que seguem incertos
Passos cegos, à deriva
Devorados pelas escolhas
Passos descalços
Estacionados nas bifurcações
Passos e terra
Vidas e mortes
Uma história interminada
Protagonizada por nós
O SER DE HOJE
Notícias dadas em aquarela
Surgem em avenidas
Vestes disformes
Cruzam os tempos
Na faixa de pedestres
Palavras ecoam dos relógio
É preciso manter algum diálogo
Para manter vivo o velho mundo
Vozes que caminham
Ao encontro dos dedos
Línguas que descansam
Dentro da boca
Somos apenas
Seres solitários
Imersos na multidão.
Raquel Naveira
ALMA E LAMA
Quando foi que a lama se transformou em alma?
Era tudo brejo,
Terra agitada,
Fermentada
E plástica,
Solo palpitando de bolhas,
De larvas,
De insetos,
Rabinhos com olhos de feto
E vieram o sopro,
O ar nos pulmões,
A vida pelo sangue,
Pelo fígado,
Pela medula e ossos,
Pulsando quente
Como chama.
Quando foi que a alma se transformou em lama?
Era tudo espírito,
Energia,
Fio de prata,
Palavras e gestos,
Imagens que brotavam
Do intelecto,
De uma fonte de amor
Luminosa e intacta
E vieram os desejos,
As paixões,
As trevas,
A ausência de sombra
E a alma rolou no lodo,
Vagando
Como um fantasma.
Corpo nu,
Contaminado,
Enterrado na lama,
Tumor que lateja
Coberto de lesmas,
Lêndeas
E gosmas;
De repente, as águas da chuva
Lavam o corpo
E da boca
Sai uma borboleta.
Lama e alma,
Apenas uma asa,
Uma letra.
PERFUMISTA
Emocionei-me quando ele disse:
“_ De todos os perfumes,
Prefiro o seu.”
Eu me perfumei
Em segredo,
Com intensidade,
Para esse momento;
Usei essências florais,
Rosas, jasmins,
Notas de baunilha,
O perfume penetrou na minha pele,
No meu coração,
Fixou-se no fundo,
Deixando no vento
O rastro da recordação.
“_ Também amo seu cheiro”, eu disse,
De tabaco seco,
Noz-moscada e canela,
De madeiras vindas de distantes ilhas
Para o sonho dessa hora,
Toda azul,
Desse baile de aromas,
No castelo de Versalhes
Ou num jardim
À beira do Nilo.
Nunca houve ciúme,
De todos os perfumes
Espalhados pelos ares,
Trazidos a lume,
Ele prefere o meu.
Rubenio Marcelo
ACALANTO
É sempre
no contra-argumento da solidão
que vem a minha estrela...
a mesma
[a fiel estrela]
com o mesmo incenso
quase um contrassenso
no meu ermo intenso...
e ela me diz em confidência
que a noite
é menor do que os seus mistérios
e que a claridade
que enleia os gorjeios da manhã
é maior do que
a insônia dos meus caprichos
firmo o olhar...
e no firmamento
dissolvo-me
em nova canção de ninar
e novamente
canto com a minha estrela...
VIAS DO INFINITO SER
sem a ordem do dia
do sobrenatural
não haveria
a natural ordem
das coisas da noite...
da noite para o dia
silentes instantes
tornam-se eternos...
do dia para a noite
palavras saltam muralhas
e viram estrelas...
instantes e estrelas
conhecem os refúgios do tempo
mas desentendem
a quietude das pedras
e a saga dos pássaros
translúcidos
do sétimo céu...
por via das dúvidas
há vias de certezas
que nos desafiam a percorrer
in/conscientemente
e em perfeita claridade
a via láctea e o infinito
do nosso ser...
Sérgio Fernandes Martins
TEU BANHO
Seu banho é o mistério
Que mais quero desvendar
Paro, penso, fico sério
E me ponho a imaginar.
Como deve ser tão lindo
Você entrar, fechar a porta
E depois, já se despindo,
Do meu pensamento aborta.
Mais tarde a vejo
Toda perdida na espuma
Não sinto pudor ou pejo
Sinto uma leve bruma
Meus olhos enuviados
Com sua beleza infinita
Com seios rosados
Nos quais a água saltita
Com seu colo de veludo
Coberto de pelos frágeis
Que divino conteúdo
Na carícia das mãos ágeis.
AVENTURA
buscar aventuras
é preciso;
é preciso
dar tempero à vida.
fazer loucuras
é preciso;
é preciso
dar sentido à vida.
necessário
é combater sistemas,
principalmente os que são contra a vida.
indispensável mesmo
é cometer poemas,
pois estes
são vitais à vida.
Sylvia Cesco
A UM POETA
Aço-sol instransponível
é a tua poesia que escorre
-açucena peregrina-
assim que a manhã matuta
mastiga e matina a fina
flor do orvalho
que restou.
Maceras os versos
tão sem coerência
que chegam a desfalecer
sem sentido
sobre a relva improvisada e reticente
que algum sabiá displicente
versejou.
Li-os à luz da lua.
E amanhecida de ternuras inda estou.
OLARIA
A palavra
afiada
entre os dentes
escorre úmida de sangue
pela ampulheta do tempo.
O poeta-criança
fica ali, brincando
de esconde-esconde,
ora embaixo, ora em cima
todo dia, todo dia.
Da minha janela observo
aquela brincadeira
sem eira nem beira,
de galopar nas ruínas
espantando passarinhos:
-sabe bem que sua poesia
é uma encantada olaria
moldando insanos versinhos.
SOBRE AUTORAS E AUTORES
Américo Calheiros é professor, escritor e teatrólogo, entrou no mundo da escrita na década de oitenta. Tem onze livros publicados em vários gêneros discursivos.
Ana Maria Carneiro Bernardelli nasceu em São Paulo e reside em Campo Grande (MS). Graduada em Letras, é professora especialista em Literatura Brasileira e Literatura Portuguesa. Musicista certificada pelo Centro de Artes do Rio de Janeiro. Formada em Língua e Literatura Francesas pela Université de Nancy. Poeta e ensaista atua na área de crítica literária.
Elizabeth Fonseca nasceu em Campo Grande, é poeta, cronista e declamadora, formada em Ciências Contábeis (UCDB) e Especializada em Literatura e Língua Portuguesa Contemporânea Lato Senso também pela UCDB. Diretora do “Curso Arte de Dizer Castro Alves”. Tem vários livros publicados, premiações e participação em Antologias e Revistas.
Emmanuel Marinho nasceu em Dourados (MS). Possui formação acadêmica em Psicologia pela UNIP e pós-graduação em Artes Cênicas pela UFRJ. Poeta, Ator e educador. Compõe poemas, edita-os em livros e os interpreta no teatro e na música. Publicou 10 livros e 2 Cds. Recebeu vários prêmios por sua defesa intransigente dos direitos humanos.
Fábio do Vale nasceu em Campo Grande, onde reside. Graduado em Letras e Pedagogia. Doutor e Pós-doutor em Estudos de Linguagens, escritor, palestrante, poeta, pesquisador, coordenador de pesquisa e iniciação científica da Faculdade Insted e vice-presidente do CLAEC (Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura).
Geraldo Ramon Pereira é cirurgião dentista, com especialização em Fisiologia e Biofísica na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Foi professor de Fisiologia Médica na UFMS. Poeta, violeiro, compositor de inúmeras músicas regionais. Coordenador da página Suplemento Cultural do Jornal Correio do Estado.
Antonio Alves Guimarães, Guimarães Rocha, é militar, professor, formado em Letras, ativista cultural, fundador da União Brasileira de Escritores UBE/MS, a qual presidiu e ocupou cargos em várias gestões.
Henrique Alberto de Medeiros Filho é poeta e escritor nascido em Corumbá (MS). Após sua infância, adolescência, estudos universitários e atividades profissionais como jornalista e publicitário em São Paulo e Rio de Janeiro, tornou-se partícipe da cena artística e cultural principalmente do Brasil Central. Graduado em Comunicação Social pela Universidade Gama Filho/RJ, exerce atividades criativas, multimídia, editoriais e empresariais. É autor de livros de poemas, contos, crônicas, outros escritos e biografia; faz parte, ainda, de diversas antologias e coletâneas. É o atual presidente da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras.
Humberto Espindola, um dos maiores nomes da arte contemporânea no país, nasceu em Campo Grande em 1943. Participou das bienais de São Paulo 1969/71, Veneza 2972, Medellín, Colômbia 1972, México 1978, Havana, Cuba 1984, Cuenca, Equador 1989. Cofundador e diretor do MACP/UFMT, 1973/1982. Primeiro Secretário de Cultura de MS, 1991/92. Dirigiu o Marco de MS, 2002/05. Doutor Honoris Causa pela UFMS, UCDB, 2019 e UFMT, 2023.
Ileides Muller nasceu em Cachoeira do Sul (RS) e reside em Campo Grande desde 1980. É pedagoga com especialização em Metodologia do Ensino e advogada com especialização em Direito Público. Declamadora, poeta, contista e cronista, publicou quinze livros (dois em parceria), sendo nove de poesia, dois biográficos, um de contos/crônicas e três infantis. Recebeu diversos prêmios em concursos nacionais de poesia.
Lenilde Ramos é uma jornalista que levou a escrita para o campo da literatura não ficcional. Sua prosa tem compromisso com o registro de fatos e personagens reais e sua poesia está ligada ao minimalismo. A música e a produção cultural são elementos fortes que ampliam a vivência artística dessa escritora.
Marcos Estevão dos Santos Moura é médico psiquiatra e escritor. Autor de sete livros (cinco literários e dois técnicos na área médica).
Raquel Naveira nasceu em Campo Grande no dia 23 de setembro de 1957. Formou-se em Direito e Letras pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Mestre em Comunicação e Letras pela Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo. Deu aulas de Literaturas Brasileira, Latina e Portuguesa na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), onde se aposentou. Residiu no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde deu aulas na Universidade Santa Úrsula (RJ) e na Faculdade Anchieta (SP). Publicou mais de trinta livros de poesia, ensaios, crônicas, romance e infantojuvenis. Integra o seleto grupo de autores da Coleção Infame Ruído com a coletânea Ponto de fuga & outros poemas (Inmensa Editorial, 2024)
Rubenio Marcelo é poeta escritor, compositor, ensaísta, revisor e advogado. Publicou treze livros e três CD’s. Foi Conselheiro Estadual de Cultura de Mato Grosso do Sul. Reside em Campo Grande.
Sérgio Fernandes Martins nasceu em Dourados, é escritor, poeta, magistrado e atualmente preside o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Foi professor universitário, colunista do “Jornal da Cidade”. Tem livros na área jurídica, entre os quais destaca-se Tributos Municipais na Federação Brasileira. Publicou inúmeros artigos em revistas especializadas, bem como crônicas, contos e poemas.
Sylvia Cesco nasceu em Campo Grande. Possui formação em Letras, Especialização em Língua e Literatura Portuguesa, Especialização em Roteiro para Rádio e TV. Publicou vários livros de poesia, crônicas, contos e infantojuvenis. Foi presidente da União Brasileira de Escritores-UBE/MS. Criou a Revista Literária “Piúna”. Cronista do Jornal “Correio do Estado” e atualmente escreve para a Coluna Literária do jornal “O Estado de MS” e para o Blog Cultural de Alex Fraga.
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